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Energia solar se consolida como a 2ª maior fonte de geração do país, diz ministério.

07.03.2023

A capacidade instalada da geração solar atingiu 26 gigawatts (GW) no fim de fevereiro, informou o Ministério de Minas e Energia. Recentemente, o segmento de geração ultrapassou a da fonte eólica, que responde pela potência de 25 GW.

Grande parte da capacidade instalada alcançada pela geração solar se deve à produção própria de energia pelos consumidores com painéis instalados em telhados de casas, prédios, estacionamentos, propriedades rurais, na modalidade geração distribuída (GD). Segundo o ministério, somente o segmento de GD cresceu quase um gigawatt nos dois primeiros meses do ano, totalizando 18 GW de potência instalada.

Com essa expansão, a energia solar fotovoltaica se consolida como a segunda maior fonte de geração do país, atrás apenas da geração hidrelétricaO ministério ressalta que, apesar de a fonte solar ter ultrapassado a eólica em capacidade instalada, a eólica ainda entrega um maior volume de eletricidade do que a fotovoltaica.

“É o futuro da nossa geração no rumo da inovação, da ampliação das fontes renováveis, mostrando, mais uma vez, que a matriz energética brasileira está na vanguarda mundial da sustentabilidade”, afirmou o ministro Alexandre Silveira, em nota divulgada pelo ministério.

De acordo com o MME, as fontes eólica e solar são responsáveis por cerca de 25% da oferta total de energia elétrica do Brasil, que alcançou 205 GW ao final de 2022. De acordo com a pasta, dados preliminares, referentes ao ano passado, indicam que a geração por fonte renovável representou mais de 85% da energia elétrica ofertada no país, combinação de hidrelétricas, geração a biomassa, solar e eólica.

O governo reconhece que a expansão dos painéis solares vinculados à GD “é reflexo de políticas públicas de incentivo às fontes de energia renováveis e da micro e mini geração distribuída”. O ministério cita os marcos legais que garantem os atuais subsídios oferecidos ao setor, a Lei 13.203/15 e a Lei 14.300/22.

 

O ministério lembra ainda que a Lei 14.300, chamada de marco legal da GD, provocou uma “corrida” dos consumidores no início do ano para assegurar o enquadramento no grupo beneficiado com maior parcela de subsídio, por meio da isenção de parcela da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) até 2045.

De acordo com o ministério, a expectativa é que “esse cenário evolua”. “Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2032, publicados pelo MME e Empresa de Pesquisa Energética (EPE), projetam que a geração distribuída deve seguir em forte crescimento nos próximos anos. Isso exigirá que continuemos aprimorando a regulação e as políticas para o setor elétrico, de forma que esse crescimento possa contribuir para a oferta de energia limpa, ser cada vez mais inclusivo, e se reverter em benefícios para todos”, afirma, o secretário de Planejamento e Transição Energética do ministério, Thiago Barral, em nota. Ele é ex-presidente da EPE.

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Autor: Rafael Bitencourt

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