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Leilão de eólica ficou acima das expectativas, afirma tolmasquim

23.08.2013

O resultado do leilão de energia de reserva, do qual participaram apenas parques eólicos que ficarão prontos em 2015, superou as expectativas, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Foram comercializados parques com uma potência instalada de 1,5 mil MW, a um preço médio de R$ 110,51 por MWh. O valor foi 5,5% menor que o teto estabelecido pelo governo. Em dezembro passado, o preço oferecido para a energia eólica em leilão foi de R$ 87,94 por MWh. Tolmasquim afirmou que já era esperado que os preços fossem mais altos neste leilão por uma combinação de fatores, entre eles a elevação do dólar, que encarece os equipamentos. As imposições do governo, que agora exige que os parques tenham conexão com a rede elétrica, e também devem dar mais garantias sobre a energia gerada pelos empreendimentos, também restringiram a oferta, disse o executivo. O leilão realizado em dezembro também não serve de comparação devido ao volume muito pequeno comercializado na época, disse o presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Luiz Eduardo Barata. Segundo Tolmasquim, o investimento de R$ 5,457 bilhões que será feito nos parques eólicos que venceram o leilão é “bastante expressivo”. Esses investimentos, acrescentou, serão realizados em áreas carentes, como o interior da Bahia e Piauí. “Trata-se de externalidade, como dizem os economistas, interessante o fato de que esses investimentos estão sendo realizados em regiões pobres”, afirmou o presidente da EPE, entidade subordinada ao Ministério de Minas e Energia e que responde pelo planejamento do setor elétrico. Tolmasquim acrescentou que o grande número de parques inscritos, que totalizavam quase 9 mil MW de capacidade instalada, demonstra que existe potencial para a expansão da energia eólica. Os parques que venceram o leilão possuem, ao todo, 1,5 mil MW de potência instalada, ou 16,7% do que foi cadastrado para o leilão. Como o governo passou a exigir que os empreendimentos tenham conexão com a rede elétrica, o número de projetos que podem participar dos leilões ficou mais restrito.

Autor: Fonte: Valor Econômico

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