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Leilão A-5 marca retorno de PCHS e entrada de novas fontes

30.08.2013

O leilão de energia nova A-5, realizado nesta quinta-feira (29/08), marcou o retorno das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com a licitação de oito usinas, que somam 173,5 MW de potência e 92,3 MW de garantia física. Além dessa fonte, o certame também marcou o retorno das térmicas a biomassa de bagaço de cana-de-açúcar, que viabilizaram sete empreendimentos, que juntos representam 357MW de capacidade, com 152,2 MW de garantia física. “O leilão de hoje foi uma etapa bem sucedida”, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, explicando que a segunda etapa é o leilão A-5, a ser realizado em dezembro. O executivo destacou cinco fatores que explicam o sucesso do certame. O primeiro se daria pelo fato de só ter contratado energia de fontes renováveis, seguido do retorno as PCHS. “Conseguimos ter o retorno de duas fontes, que estavam perdendo competitividade, com dificuldade de entrar na matriz e que nós conseguimos resgatá-las, que são as PCHs e o bagaço da cana”, disse. Segundo ele, a indústria de equipamento s de PCHs estava se ressentindo pelo fato de não ter novas usinas. “Havia um pleito muito grande das entidades que as PCHs voltassem. E o outro foi a questão do bagaço da cana, que era um pleito do pessoal do etanol”, explicou. O terceiro fator, de acordo com o executivo, foi a entrada de uma fonte nova. “Duas usinas a cavaco de madeira foram contratadas. Essas usinas têm um papel muito grande para o setor, pois elas são quase como uma térmica a gás, uma vez que podem ser despachadas o ano todo; não tem problema de safra como o bagaço de cana.” Essas usinam somam 300 MW de potência. O quarto fator é o retorno da hidrelétrica com reservatório. “A UHE Sinop vai ajudar a regularizar as usinas do rio Teles Pires”, disse presidente da EPE. O quinto e último, pela escala de Tolmasquim, seria o preço de contratação da energia, classificado como “bastante interessante”. O certame terminou com a viabilização de 19 empreendimentos, que soma 1.265MW de potência. Além de Sinop, a hidrelétrica Salto dos Aiacás, de 45MW-MT, também foi licitada. O leilão terminou com um preço médio de venda de R$124,97 por MWh, o que representou um deságio médio de 10,74%.

Autor: Fonte: Jornal da Energia

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