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Consumo do setor industrial cai 4,2% no semestre

03.08.2015


Os consumidores residenciais e industriais seguem ditando o ritmo da queda do consumo de energia elétrica no país. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostrou ontem que o consumo de energia caiu 1,5% em junho, na comparação com junho de 2014, para 37.170 gigawatts-hora (GWh). No primeiro semestre, o recuo foi de 1,1%, com 235.939 GWh consumidos. A indústria puxou o recuo, com queda de 3,7% na comparação entre junho de 2014 e o mês passado, quando o consumo foi de 14.138 GWh. Nos primeiro semestre, a queda foi de 4,2%, com 85.883 GWh consumidos. Nas residências houve queda de 1,1% no consumo em junho frente a junho do ano passado, com 10.212 GWh consumidos no mês passado. No semestre, a trajetória ainda é de alta, com 67.138 GWh, 0,3% a mais o consumo dos seis primeiros meses de 2014. O comércio consumiu 6.962 GWh em junho, 1,5% a mais que junho de 2014 e no semestre os 46.230 GWh consumidos representam alta de 1,7%. Os dados de junho levaram a EPE a revisar as previsões para o ano. A nova projeção é de queda de 1,6% no consumo frente a 2014, para 467.778 GWh. A queda deverá ser puxada pela indústria, com redução de consumo de 4,4%, para 171.789 GWh. A seguir, as residências deverão ter consumo 0,6% menor este ano, com 131.654 GWh e o setor comercial terá alta de 1,3%, para 90.978 GWh. "Os novos resultados do consumo já incorporam nas premissas o aumento das tarifas de energia elétrica, a reprogramação de investimentos setoriais, a redução da confiança dos consumidores e a diminuição observada do poder aquisitivo", diz a EPE. A queda no consumo vem acompanhada de chuvas abundantes, o que pode se traduzir em folga para os reservatórios. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê volume de chuvas em agosto de 22% acima da média histórica para o período, no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 70% da capacidade de armazenamento de água para geração de energia do país. O órgão prevê volume de chuvas de 57% superior a média histórica para agosto no Sul, enquanto no Norte a expectativa é de volume de 98% da média histórica. Para o Nordeste, o ONS prevê chuvas de apenas 66% da média histórica. Os dados foram apresentados a agentes do setor elétrico ontem no Rio.

Autor: Valor Econômico

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