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Preço da energia solar vendida em leilão de reserva tem deságio de 13,5%

25.01.2016


O 7º Leilão de Energia de Reserva (LER) foi concluído no final da tarde desta sexta-feira (28), após mais de sete horas de duração. O certame terminou com a contratação de 231,5 MW médios de energia, a serem gerados por 30 empreendimentos solares, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela operacionalização do leilão. O preço médio da energia comercializada ficou em R$ 301,79/MWh, o que representa um deságio de 13,5% em relação ao preço máximo de R$ 349/MWh estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O preço ficou 40,3% acima do valor médio de R$ 215,12/MWh da energia solar contratada em leilão de reserva realizado no ano passado. Os 30 projetos contratados nesta sexta têm capacidade para injetar 833,8 MW de energia no sistema e possuem potência instalada de 1.043 MWpico. A garantia física dessas usinas está definida em 232,9 MW médios. O investimento previsto pela CCEE para a construção dos parques solares deve somar R$ 4,341 bilhões. O leilão movimentou R$ 12,248 bilhões, a partir da venda de 40,586 milhões de MWh em um período de 20 anos de contratação. O fornecimento terá início em agosto de 2017. A energia de reserva é contratada pelo governo federal e visa aumentar a segurança no fornecimento de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Estavam habilitados 341 empreendimentos fotovoltaicos para o leilão. A capacidade total dos projetos somava 11.261 MW, equivalente à capacidade da usina de Belo Monte (11.233 MW). A maior parte dos empreendimentos, em um total de 125 projetos, estava localizada na Bahia, estado que confirmou sua posição de protagonismo na exploração da energia solar para a geração de energia. O leilão de hoje viabilizou a construção de 12 parques solares no estado. Disputa A competição entre os investidores interessados em construir projetos solares no Brasil já era esperada, uma vez que o preço teto estabelecido pela Aneel ficou em patamares considerados atrativos. No ano passado, em leilão de reserva que também contou com a presença de projetos solares, a agência reguladora havia determinado um preço teto de R$ 262/MWh. Após oito horas de leilão, o preço médio da energia contratada no leilão foi definido em R$ 215,12/MWh, um deságio de 18%. “Temos uma perspectiva bastante otimista e aguardamos uma competição grande”, afirmou o diretor executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar), Rodrigo Sauaia, antes do leilão. A expectativa da entidade era viabilizar a contratação de capacidade equivalente a 1.000 MW entre o leilão de hoje e outro certame agendado para novembro. A diretora da consultoria Thymos Energia, Thaís Prandini, projetava um número 1.000 MW e 1.400 MW apenas no leilão de hoje. “Sendo otimista, podemos chegar a 1.400 MW”, afirmou a especialista. “Grande sucesso” O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, classificou como um “grande sucesso” o 7º Leilão de Energia de Reserva (LER) realizado nesta sexta-feira. “Acreditamos que a energia solar terá o mesmo caminho virtuoso que teve a energia eólica”, afirmou Tolmasquim. O resultado do leilão, explica, contribui para que o Brasil cumpra a meta de dobrar a participação de fontes renováveis, fora a hídrica, na matriz brasileira até 2030. O resultado de outros leilões ainda poderá ser estimulado pela conclusão de novos projetos de transmissão. Tolmasquim também destacou que o governo brasileiro pretende realizar leilões solares anualmente. Serão realizados, neste ano, dois leilões que poderão contratar energia solar. A periodicidade de leilões deve contribuir para atrair novos investidores ao Brasil, sejam eles fabricantes de equipamentos, sejam eles investidores em novos projetos de geração.

Autor: O Estado de São Paulo, SETEMBRO/15.

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