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Custo da conta de luz cai 3%, em média, a partir de 1º de março

04.02.2016


A partir de 1º de março, a bandeira amarela vai substituir a vermelha nas contas de luz, o que deve provocar uma redução média de 3% nas tarifas, segundo cálculos de Romeu Rufino, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A cor vermelha estava em vigor desde janeiro de 2015, quando foi introduzido o sistema de bandeiras tarifárias no país. Atualmente, as contas indicam o primeiro patamar da bandeira vermelha, conhecida como bandeira "rosa", o que representa custo adicional de R$ 3 a cada 100 kWh. Com a mudança, o adicional passará para R$ 1,50. A troca de bandeiras foi anunciada ontem pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Isso será possível graças ao desligamento de mais sete termelétricas. Estas usinas reúnem capacidade de 2 mil megawatts (MW) e possuem o custo de operação superior a R$ 420 por megawatt-hora (MWh). A decisão foi tomada durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Braga informou que a suspensão do despacho das usinas térmicas garantirá uma economia de mais de R$ 7 bilhões ao sistema até fim de 2016, com redução de custo de R$ 720 milhões por mês neste período. "Entramos em um novo ciclo. Agora, com viés de baixa no custo da geração e queda das tarifas", disse o ministro. Segundo ele, o desligamento das usinas pode ser considerado uma "decisão conservadora", porque não envolve aumento do risco futuro de desabastecimento do país. "Manter a bandeira vermelha seria impor um custo absolutamente desnecessário ao consumidor", respondeu o ministro ao ser questionado se seria mais prudente manter a sinal vermelho. "Trabalhamos para chegarmos, em novembro, com armazenamento melhor do que tínhamos em 2015." Em nota, o Comitê de Monitoramento informou que o sistema elétrico conta com uma sobra de 12.899 MW médios para atender à demanda. Em janeiro, entrou em operação a capacidade adicional de 983 MW e ainda está programado acréscimo de mais 7.223 MW até o fim do ano. O ministro demonstrou otimismo com o ritmo de recuperação do nível dos reservatórios das grandes hidrelétricas. "Mantidas as circunstâncias hidrológicas podemos ter bandeira verde logo em seguida à amarela", afirmou Braga ao mencionar a possibilidade de acionar a bandeira verde em abril. A cor verde representa o fim da cobrança adicional pelo sistema de bandeiras tarifárias. O presidente da Aneel reforçou a avaliação do ministro. Para Rufino, o desligamento das térmicas é suficiente para acionar bandeira amarela sem impor risco adicional ao setor. Ele ressaltou que três fatores estão contribuindo para a redução das tarifas em 2016. Além da mudança da bandeira vermelha para a amarela, também entra na conta a redução do custo da energia comprada da usina Itaipu e a queda das despesas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Braga afirmou que o consumidor já tem garantido uma redução de 7% das tarifas em 2016, somados os efeitos da entrada na bandeira amarela e redução das despesas da CDE.

Autor: Valor Econômico, 03/02/2016

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