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Geração eólica cresceu 460% em quatro anos, mostra IBGE

12.07.2016


A geração eólica cresceu aproximadamente 460% de 2010 para 2014, saltando de 2.177 GWh para 12.210 GWh anuais. A energia que vem do vento representava 2,1% de toda capacidade de produção do país naquele ano. Os parques se concentram majoritariamente no Nordeste, principalmente Rio Grande do Norte (31,3%), Ceará (23,4%) e no interior da Bahia (16,9%). Os dados fazem parte de um estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que procurou traçar um "raio x" dos fluxos energéticos do país. O estudo Logística de Energia 2015 – Redes e Fluxos do Território concluiu que localização da infraestrutura de produção e geração de energia foi, em grande parte, determinada por condições naturais e técnicas de implantação e funcionamento, apresentando diferentes padrões espaciais no território, com a geração hidráulica de energia elétrica concentrando-se no centro-sul, com algumas aglomerações pontuais na região Norte e Nordeste. "A distribuição desigual das atividades econômicas, com suas respectivas demandas energéticas, e a necessidade de disponibilizar esses recursos em um país de dimensões continentais constituem-se nos principais desafios da logística da energia", destaca o documento divulgado nesta quinta-feira, 23 de junho. Na matriz de geração de energia elétrica brasileira, a geração do tipo hidráulica correspondeu a 63,2% do total da geração em 2014, totalizando 373.439 GWh. Em todo território nacional, existem 367 Centrais Geradoras Hidrelétricas (até 3 MW), responsáveis por 0,2% da geração total, concentradas no norte e porção central do Rio Grande do Sul e oeste do estado de Santa Catarina, no leste e sudeste do estado de Minas Gerais. Havia 459 Pequenas Centrais Hidrelétricas (entre 3 a 30 MW) em operação, perfazendo 4,9 % de potência, e 194 hidrelétricas (mais de 30 MW), correspondendo a 94,9% da potência, concentradas nas regiões de integração eletroenergética Centro-Oeste/Sudeste e Sul. A geração fotovoltaica é apenas residual, participando com menos de 1,0% do total. O IBGE identificou que a extração de petróleo e gás se concentra na região Sudeste, com a liderança absoluta do estado do Rio de Janeiro, que produz 68,4% do petróleo e 34,8% do gás natural do país. O estudo mostra, ainda, que a distribuição das refinarias é desigual, com São Paulo (39,0%) e Bahia (16,1%) concentrando mais da metade da capacidade de refino do país. O estudo mostra que 92,5% do volume de produção do petróleo no país ocorre em ambiente marinho e apenas 7,5% no continente. A publicação tem um mapa mural sintético, que representa as infraestruturas de petróleo, gás e biocombustíveis e de energia elétrica.

Autor: Canal Energia

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