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Eficiência para salvar o planeta

05.08.2016


No final de 2015, os olhos de praticamente todo o mundo estavam voltados para Paris, onde representantes de 195 países se reuniram na 21ª Conferência das Partes da Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), conhecida como COP 21. Durante os 12 dias do encontro, os países ali representados se comprometeram com uma série de iniciativas para reduzir a emissão de gás carbônico na atmosfera. São ações que pretendem limitar o aumento da temperatura média no planeta e implicam a paralisação da queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, e a adoção crescente de fontes de energia renováveis, como eólica, solar, hídrica e biocombustíveis.Na prática, indústrias, produção agrícola e cidadãos vão precisar repensar muitas coisas. Entre elas, encontrar uma forma de tornar mais eficiente o uso de energia. O governo brasileiro apresentou durante a COP 21 sua Contribuição Nacionalmente Determinada (Intended Nationally Determined Contribution – INDC), que inclui a meta absoluta de reduzir em 43%as emissões de gases de efeito estufa até o ano de 2030 e, de forma escalonada, a redução de 37% até 2025, combase nas emissões do ano de 2005. Tais objetivos impactam diretamente o segmento energético e exigem claramente um aumento da utilização de fontes alternativas e sustentáveis e, principalmente, uma melhor gestão dos recursos existentes. Na ocasião, o então ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou: “Isso traz grandes desafios, pois teremos mais do que dobrar nossa capacidade eólica, ter crescimento robusto no setor solar e expressivo entre as biomassas”. Recém-aprovadas pela Câmara dos Deputados, as metas definidas pelo Brasil seguem para apreciação do Senado e, posteriormente, da Presidência da República. Para Guilherme Mendonça, diretor da divisão Energy Management da Siemens, parte do sucesso dessa empreitada, que está apenas começando, se baseia no aprimoramento contínuo dos mecanismos de gestão do uso energético, e não apenas no investimento em novas fontes de geração de energia. “É importante lembrar que o custo para gerar 1MW é o dobro daquele utilizado em 1MW economizado”, afirma o executivo.

Autor: O Estado de S. Paulo

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