Menu

Notícias

Estudo mostra que renováveis já são mais baratas que fósseis na média mundial

23.09.2016


Estudo publicado pela Carbon Tracker Initiative, de Londres, mostra que os custos de geração de energia renováveis já são, na média mundial, inferiores aos dos combustíveis fósseis e as usinas de energia limpa se tornarão ainda mais competitivas em 2020. O relatório "Fim da ocupação do carvão e do gás?" compara os custos de geração de energia a carvão de quatro usinas recém construídas: carvão, gás, eólica e de energia solar. Ele aplica uma análise de sensibilidade a um custo nivelado de eletricidade em três cenários: um cenário de referência de 2016, um cenário atualizado de 2016 e um cenário para 2020 com base no caminho para mantermos a temperatura abaixo dos 2C caminho, onde as decisões de investimento tenham em conta as tendências de descarbonização. A comparação mostra que taxas de ocupação reduzidas e vidas úteis mais curtas para as usinas de carvão e gás em um mundo que é descarbonizado de forma constante, prejudica a economia das usinas. Atualmente, poucas modelagens levam em conta esse tipo de dinâmica para o cálculo futuro. Enquanto isso, a combinação do menor custo do capital com as tecnologias mais baratas para a energia solar e eólica melhora a posição competitiva relativa das energias renováveis. De acordo com o chefe de pesquisa da Carbon Tracker, James Leaton, os decisores políticos e investidores precisam questionar suposições datadas sobre custos de tecnologia que não foram atualizadas para o processo de descarbonização deflagrado pelo Acordo de Paris. Segundo ele, planejar novas usinas de carvão e gás usando as taxas de ocupação e vida útil do cenário business-as-usual é a receita para ativos ociosos no futuro. O estudo constata também que o rumo da economia forjado pela aplicação das Contribuições Determinados a nível Nacional pós-2020 vai levar as energias renováveis, em média, a um custo ainda mais competitivo, mesmo se os preços dos combustíveis fósseis caírem e os preços do carbono permanecerem modestos em torno de US$10 / tCO2 ou abaixo disso.

Autor: Canal Energia

« VOLTAR