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Com menos chuva, termoelétricas devem ser acionadas

09.03.2017

BRASÍLIA O governo já reconhece que será necessário acionar mais usinas termoelétricas neste ano. Embora não haja risco de desabastecimento de energia, a previsão de chuvas para os próximos meses não é favorável e deve levar ao uso de mais térmicas, que produzem energia mais poluente e cara. As informações constam de nota divulgada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), órgão presidido pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Segundo o comunicado, o risco de déficit de energia neste ano continua inalterado em 0,3% no Sudeste e Centro-Oeste e em zero no Nordeste. "Entretanto, apesar de assegurado o abastecimento de energia para o ano de 2017, as condições hidrológicas desfavoráveis deverão levar a despachos térmicos mais volumosos, significando um aumento no custo da operação do sistema", diz a nota. De acordo com o documento, não há previsão de grande volume de chuvas nas principais bacias do País nos próximos 30 dias, o que deve comprometer a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas às vésperas do início do período seco, entre maio e novembro. No Nordeste, a previsão também é ruim para os próximos três meses. Para o subsistema Sudeste/ Centro-Oeste, o CMSE prevê que os reservatórios atinjam entre 9% e 33,2% de sua capacidade no fim de novembro, condição "bastante dependente das condições hidrológicas do subsistema Sul". Isso significa que o suprimento da região vai depender de energia produzida pelas hidrelétricas do Sul. Em fevereiro, as chuvas ficaram abaixo da média história em todas as regiões, exceto no Sul, onde atingiram 102% da média. No Norte, ficaram em 77%; no Sudeste/Centro-Oeste, 71%; e no Nordeste, 33%. Com isso, o nível dos reservatórios atingiu 51,7% de sua capacidade no Sul, 47,4% no Norte, 40,3% no Sudeste/Centro-Oeste e 20% no Nordeste. A previsão, para o fim de março, é que o nível dos reservatórios atinja 65,8% de sua capacidade no Norte, 49,6% no Sul, 45,9% no Sudeste/Centro-Oeste e 23,1% no Nordeste.

Autor: O Estado de S. Paulo

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