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Decisão do CMSE sobre desligamento de térmicas no Nordeste deve sair na próxima semana

08.11.2013

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico deve decidir na próxima semana sobre o desligamento total ou parcial das usinas termelétricas que estão em operação desde setembro no Nordeste, para evitar novos blecautes na região. A decisão depende de estudo que o Operador Nacional do Sistema Elétrico pretende concluir na segunda-feira, 11, ou na terça-feira, 12 de novembro. O ONS tem despachado 800 MW de energia de termelétricas a óleo para compensar a redução do intercâmbio com outras regiões e o risco de apagões. "Nós vamos desligar as térmicas ou reduzi-las agora, nesse periodo de transição, estressando o limite, aumentando mais a transferência [de energia] no mesmo nível de segurança e reduzindo a [geração] térmica", afirmou o diretor-geral do operador, Hermes Chipp. Ele informou que na reunião do CMSE realizada na última quarta-feira, 6, foi tomada a decisão de manter essas usinas até que o estudo aponte o melhor caminho. Chipp vê sinais positivos com a chegada das chuvas, mas admite que os reservatórios do Nordeste ainda estão em níveis muito baixos. A ideia, portanto, é que mesmo desligadas as térmicas, o sistema consiga operar de forma a manter o nível atual de defluência nas usinas da região, sem esvaziar ainda mais os reservatórios. O executivo reconhece que ainda é necessário considerar a segurança elétrica do Nordeste, porque novembro é um mês em há menor intensidade de queimadas, mas ainda existem focos de calor, principalmente próximo às instalações de transmissão que fazem as interligações interregionais. Para o diretor do ONS, a introdução da metodologia CVaR [Valor Condicionado a um dado Risco] no modelo de formação de preços da energia tem feito com que um número maior de usinas termelétricas seja acionado no país, porque o mecanismo de aversão a risco agora é mais robusto. Estão em operação dentro do modelo 11.600 MW de usinas termelétricas. Chipp argumenta que embora a quantidade de energia térmica seja maior, essa mesma energia sai a um custo menor para o consumidor, pelos critérios atuais.

Autor: Canal Energia

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