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Consumidores querem mais espaço para mercado livre

25.04.2014

As associações do setor querem nos próximos anos que o consumidor livre consiga mais espaço. A Associação Nacional dos Consumidores de Energia deseja que os leilões de energia sejam abertos para todos os agentes livres, competindo ao mesmo tempo com as distribuidoras. "Com isso traria o preço da energia para uma realidade de mercado que hoje a gente não tem e trataria os ambientes cativo e livre com isonomia", explica Carlos Faria, presidente da Anace. Paulo Pedrosa, presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia, aposta na cessão de excedentes de energia dos consumidores livres para dinamizar o setor. A operação foi incluída na lei 12.783 e é um pleito antigo do setor. De acordo com ele, neste momento em que as distribuidoras estão descontratadas e o governo busca soluções como o leilão A-0 para mitigar esse déficit, a venda de excedentes poderia estar sendo feita para sanar o problema e aliviar os seus custos. "Nós temos sobra de lastro no mercado livre que poderia ter sido alocada agora nessa compra das distribuidoras. Reduziria o problema do Tesouro Nacional", afirma. Ambos os presidentes se mostram contrários a portaria 455, que foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica no início do mês e logo em seguida teve seus efeitos suspensos por liminar obtida pela Associação Brasileira das Comercializadoras de Energia. Elogiando a atitude da Abraceel, Pedrosa critica a instituição do mercado ex-ante. "Não contribui com tranquilidade para o mercado", dispara. Já Carlos Faria, da Anace, lembra que a portaria aumenta os custos operacionais para as empresas. Ele também alerta que o registro semanal traz risco quanto ao preço, que tem seu valor decidido por estratégia. Para ele, a previsão pedida na portaria é despropositada. "Equipamentos falham, pedidos são cancelados ou adicionados a carteira. Não tem com fazer uma previsão 100% do seu consumo", comenta.

Autor: CANAL ENERGIA

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