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Chuvas na Região Sul reduzem risco de déficit

13.06.2014


As intensas chuvas na Região Sul contribuíram para reduzir o risco de desabastecimento de energia elétrica em todo o País. A chance de déficit nas regiões Sudeste e Centro-Oeste caiu de 3,7% em maio para 2,5% em junho, e no Nordeste, permaneceu em zero. O percentual é calculado com base numa série história de informações climáticas dos últimos 81 anos. "Houve melhoria nas condições de suprimento de energia do sistema elétrico nacional", informou nota divulgada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia. Considerando a série sintética, com 2 mil cenários derivados dos dados históricos, o risco nas regiões Sudeste e Centro-Oeste caiu de 6,7% para 4,8%. No Nordeste, diminuiu de 1,9% para 1,3%. Segundo o governo, os dados "confirmam a garantia de suprimento no ano de 2014". Para o período entre 2015 e 2018, a chance de faltar energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste permaneceu em 4% e, no Nordeste, continuou em 0,4%. Os números estão dentro do planejamento e abaixo do nível de tolerância de 5%, definido pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Segundo o documento, o sistema elétrico tem equilíbrio estrutural e uma sobra de energia de 5.500 MW médios para atender a carga prevista. A principal razão da melhora foi o aumento das chuvas e, consequentemente, das afluências - quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas. Em maio, as afluências atingiram 76% da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste, 41% no Nordeste e 101% no Norte, mas superaram a média no Sul, com 135% dos níveis esperados. De acordo com a nota, as chuvas no Sul levaram os reservatórios das bacias dos rios Uruguai, Iguaçu e Jacuí, além da usina de Itaipu, "praticamente a seus armazenamentos máximos". A avaliação do governo sobre as condições de abastecimento de energia foi mais técnica e menos política. Diferentemente da nota divulgada no mês passado, o CMSE não comparou os dados atuais aos verificados em 2001, ano do racionamento.

Autor: JORNAL DO COMMERCIO (RJ)

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