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Só os autoprodutores possuem cerca de 3 GW em projetos de cogeração a gás engavetados

22.08.2014


A indisponibilidade e a instabilidade do preço do gás natural têm deixado engavetados cerca de 3 GW de projetos de cogeração de energia no estado de São Paulo, segundo o presidente da Abiape, Mario Menel. Todavia, outro fator importante que contribui para que projetos dessa fonte deixem de ser explorados é a falta de um programa de incentivo para a cogeração no país. De acordo com a ABIAPE, seus associados teriam cerca de R$ 10 bilhões em investimentos para tais projetos. Mas apesar das vantagens da cogeração serem muitas – como a redução de investimentos em transmissão, já que ela estaria mais próxima ao centro de carga, e a eficiência energética resultante da menor perda de energia em todo o processo -, não é o suficiente para a fonte deslanchar. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME), o consumo de gás natural para a cogeração vem apresentando declínio nos últimos anos. O consumo caiu de 2,92 milhões m³/d em 2012, para 2,46 milhões m³/d em 2013, uma queda de 16%. Segundo a International Energy Agency - IEA, a demanda global de gás natural cresceu apenas 1,2% em 2013, desempenho muito inferior se comparado a de outras fontes de energia. Ainda de acordo com a Agência, o baixo crescimento seria por causa de uma economia lenta, restrições de oferta e a alta concorrência do carvão e de energias renováveis. Todavia, espera-se um crescimento anual de 2,2% na demanda global de gás até 2019. Como o interesse pelo gás natural está diretamente relacionado à busca de alternativas ao petróleo e de fontes menos agressivas ao meio ambiente, no Brasil há uma luta constante por uma política capaz de incentivar a fonte, principalmente para a cogeração. Desta forma, além de trazer benefícios para a sociedade e ao meio ambiente, o setor elétrico terá garantias de suprimento eficaz. Cogeração sente a falta de um programa de incentivos.

Autor: Gasnet

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