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Com poucas chuvas, sobe a 4,8% risco a abastecimento

05.09.2014

O risco de haver déficit de energia em 2015 nas regiões Sudeste e Centro-Oeste subiu a 4,8%, aproximando-se do limite de 5% definido pelo governo federal, segundo análise mensal do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) divulgada ontem. Nos meses anteriores, esse risco era de 4%. Para a Região Nordeste, esse risco é de 0,5%, mas no mês passado foi de 0,4%. Esse teto de 5% garante o equilíbrio estrutural do sistema elétrico, segundo previsão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), integrado por ministros do governo. O CMSE também reduziu, pela primeira vez neste ano, o volume de carga prevista em 2014. De 67 mil Megawatts (MW) médios em agosto, a previsão de carga caiu a 65,8 mil MW médios. PIB MENOR REDUZ CARGA Essa redução da carga tem relação com a queda do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) e a baixa demanda das indústrias por energia, conforme indicado pelo relatório de consumo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A queda na carga elevou a chamada "sobra estrutural" de energia de 5.500 MW médios para 6.600 MW médios. O fato de a carga ter caído neste ano e o risco de déficit ter subido em 2015 indica uma preocupação ainda maior do governo com o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Diante da situação atual baixa dos reservatórios em razão da seca, o nível de chuvas necessário no próximo verão para recuperar uma situação mínima confortável das hidrelétricas do país é maior, para dar conta da demanda por energia do país, ainda que ela seja menor do que a anteriormente prevista. Segundo nota divulgada pelo CMSE ontem, o volume de chuvas em agosto voltou a ficar abaixo da média histórica em todo o país. Na região Sudeste/Centro-Oeste, o volume de chuvas foi de 88% da média.

Autor: O GLOBO

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