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Brasil pode contar com 2 novos terminais de GNL

05.09.2014

A Bolognesi, grupo gaúcho que atua nos setores imobiliário, de infraestrutura e energia, poderá construir dois novos terminais de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) no Brasil, caso seus projetos térmicos vençam o leilão de energia A-5 previsto para setembro. Essas térmicas, de cerca de 1.200 megawatts (MW) cada, usariam a partir de 2019 capacidade de regaseificação dos terminais para o GNL que abastecerá as usinas. Os terminais seriam construídos em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e no Porto de Suape, Pernambuco. Orçados em cerca de 2,8 bilhões de reais cada, os investimentos deverão ser feitos em parcerias, disse o diretor da Bolognesi, Paulo Cesar Rutzen. "Uma das parceiras é estrangeira, mas tem também parceiro nacional", disse Rutzen à Reuters, sem divulgar o nome das parcerias até que os acordos sejam formalizados. Uma possibilidade é estabelecer parceria transitória com fabricantes de equipamentos, que podem ajudar no aporte de recursos num primeiro momento e depois sair do projeto. "A tendência é que num dos terminais, ao menos, a nossa participação seja majoritária, se não totalmente nossa", disse. Em princípio os terminais serão usados para regaseificar gás natural que a Bolognesi importará para abastecer dois projetos térmicos com os quais pretende disputar o leilão A-5. "Pelo modelo regulatório atual, entendemos que não é possível simplesmente construir um terminal de GNL para venda de gás natural ou prestar o serviço. Por isso formaremos o primeiro mercado através do consumo da própria usina termelétrica, que será instalada junto ao terminal de regaseificação. Depois, naturalmente, vem a expansão do mercado e o atendimento da demanda reprimida", disse Rutzen, à Reuters. Cada térmica consumiria entre 5,5 milhões e 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia, e a capacidade de regaseificação de cada terminal poderá chegar a 14 milhões de metros por dia, segundo o executivo. Sendo construídos, os terminais poderão no futuro ser uma alternativa a outros novos projetos térmicos que usam GNL e também atender a indústria. "Uma vez instalado o terminal com a ancoragem da térmica, o próprio mercado traz consumo, quer seja através de novas térmicas, quer através de demanda industrial". O forte crescimento das emissões pelo setor de energia é verificado no acompanhamento mensal sobre o tema do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Na comparação com 2013, o nível de dióxido de carbono ficou 17% maior em 2014. O fator médio mensal também mostra crescimento mês a mês das emissões no período.

Autor: EXAME

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