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Geração distribuída é o caminho

20.09.2014


O presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, explica que a energia solar encontrará mais espaço na chamada geração distribuída, onde cada unidade habitacional que conta com um painel de geração fotovoltaica também pode gerar energia para o sistema. Para que isso aconteça, Sales assinala que são necessários dois fatores. O primeiro é o preço do equipamento, ainda muito elevado, e o outro é a questão da regulação, com a adoção de regras que incentivem economicamente o consumidor a colocar um painel solar em sua casa. "Pode ser um mecanismo de compensação tarifária, em que a pessoa faz o investimento no painel e depois abate o valor em sua conta de energia", exemplificou. Sales diz que é necessário levar em conta o papel da distribuidora nesse processo. Ele explica que as empresas que levam energia para as residências têm obrigação com a prestação do serviço, então se o consumo solar aumentar 50%,dentro de um cenário hipotético, a distribuidora acabaria tendo uma redução de 50% de sua remuneração contínua. "Então a regulação precisa avançar para cuidar do ponto de vista não só do consumidor, mas também do fornecedor", apontou. O Brasil é um país onde os investimentos em energia solar ainda são baixos e, por consequência, o preço dos equipamentos ainda são considerados elevados, mas para 31 de outubro está marcado o primeiro leilão voltado para a fonte solar no País. Para isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) definiu como será o apoio do banco para ajudar esse tipo de geração e se desenvolver. Poderão ser financiados pelo BNDES os projetos vencedores que incluam equipamentos produzidos no Brasil e cadastrados segundo a nova metodologia. A estratégia é semelhante à medida política considerada bem-sucedida adotada pelo banco no fomento à expansão de parques eólicos no País e à colocação, em território nacional, de indústrias fabricantes de aerogeradores e seus componentes. O objetivo do BNDES é contribuir para o desenvolvimento, no Brasil, de novas fontes alternativas de energia, ambientalmente sustentáveis, e de sua cadeia de fornecedores de equipamentos e tecnologia. Além do custo financeiro, compõem o custo final para o empreendedor que vencer no leilão a remuneração básica do BNDES, de 1,0% ao ano (a.a.),a taxa de risco de crédito (que varia de 0,4% a.a a 2,87% a.a, de acordo com o risco do crédito do cliente),taxa de intermediação financeira (0,5% a.a, exceto para micro, pequenas e médias empresas, que são isentas) e a remuneração do agente financeiro (em caso de operação indireta).

Autor: JORNAL DO COMMERCIO

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