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Setor espera reavaliação do modelo pelo próximo governo

10.10.2014

Embora não esperem mudanças profundas no próximo governo, agentes do setor elétrico apostam pelo menos na rediscussão de alguns aspectos do modelo atual, qualquer que seja o vencedor da disputa pela Presidência da República. A retomada do diálogo com todos os segmentos do mercado é uma preocupação comum a dirigentes ouvidos pela Agência CanalEnergia, alguns dos quais revelaram surpresa com o desempenho no primeiro turno do candidato do PSDB, Aécio Neves. Ele foi confirmado como o adversário da presidenta Dilma Rousseff no segundo turno da eleição. O presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia, Mário Menel, acredita que se houver alguma mudança de regras, ela ocorrerá na hipótese de vitória do tucano, já que a tendência de Dilma é dar continuidade à política atual. Ele conta que uma proposta da Abiape foi feita aos três candidatos melhor colocados nas pesquisas, antes mesmo do acidente de avião que matou o candidato do PSB, Eduardo Campos, substituído pela vice, Marina Silva. Todos, na ocasião, prometeram respeitar os contratos. “Nossa proposta, inclusive para o governo Dilma, é revisitar o novo modelo. Ele tem dez anos e carece de modificações e aprimoramentos”, afirma Menel. O executivo defende a rediscussão da construção de usinas sem reservatórios; o aprofundamento da análise dos impactos regulatórios das políticas do setor; e mudanças nas regras dos leilões, embora reconheça que algumas alterações necessárias já estão sendo feitas, como a definição de preço diferenciado por fonte, como no caso da energia solar no próximo leilão de reserva. Quanto a alterações na metodologia do Preço de Liquidação das Diferenças, reconhece que não há consenso, porque tem segmentos que ganham e outros não. Para o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica, Luiz Fernando Vianna, o resultado das urnas mostra que o segundo turno das eleições presidenciais será disputado. “O importante é que quem venha a vencer realize uma aproximação com o setor elétrico já no primeiro semestre de 2015 para uma grande conversa sobre os problemas que o setor vem tendo em várias áreas”, recomenda Vianna. O executivo da Apine diz que o setor precisa superar as dificuldades vividas atualmente e que é preciso atenção do presidente eleito logo no início do mandato para os segmentos de geração, distribuição, transmissão e comercialização de energia.

Autor: CANAL ENERGIA

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