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CMSE eleva risco de falta de energia em 2015

07.11.2014

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) elevou de 4,7% para 5,0% o risco de ocorrer um déficit de energia na Região Sudeste/Centro-Oeste em 2015. Com isso, o índice de um eventual racionamento energético chegou ao limite tolerado pelo Conselho Nacional Política Energética (CNPE). No Nordeste, esse risco de falta de eletricidade recuou de 0,8% para 0,7% no próximo ano. Para 2014, continuaram em zero os riscos de déficit de energia nas Regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste. Em breve comunicado, o CMSE informou que o sistema brasileiro conta com uma "sobra estrutural" de 6.600 megawatts (MW) médios para atender à demanda estimada, já considerando a entrada em operação de novas usinas nos próximos meses. Neste ano, já foram adicionados 6.087 MW médios ao sistema, segundo o CMSE, acima do total de 6 mil MW médios previstos. O CMSE informou, ainda, que as chuvas continuaram abaixo do volume normal em outubro. Para as Regiões Sudes-te/Centro-Oeste, ficaram em 64% do normal. No Nordeste, 36% da média histórica; e no Norte, em 76%. Todos esses volumes consideram as médias históricas das chamadas afluências. A exceção foi a Região Sul (139%), cujo regime de chuvas tem sido alterado pelo fenômeno El Nino. O comitê ressaltou que "o parque de geração termoelétrico significativo" do qual o País dispõe vem sendo utilizado para complementar a energia gerada pelas usinas hidrelétricas. Ainda assim, o CMSE voltou a admitir que "ações conjunturais específicas" podem ser necessárias, sem explicar quais seriam essas medidas adicionais, que caberiam ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) adotar para a preservação dos estoques dos principais reservatórios das usinas hidrelétricas. "As condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) mantiveram-se estáveis, como previsto, em relação ao mês anterior", diz o comunicado. Cortes. A situação contrasta com os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), obrigada a reduzir em quase 25% o volume de energia que deveria ser adicionado ao parque elétrico nacional neste ano por causa de atrasos em grandes obras de geração de energia. Em janeiro, como informou o Estado, a Aneel projetava acrescentar 10.126 MW à matriz elétrica. Encerrado outubro, a Aneel reduziu essa previsão a 7.641 MW.

Autor: O Estado de S. Paulo

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