Menu

Notícias

Energia solar estreia com sucesso em leilão

07.11.2014

O primeiro leilão de energia de reserva em que a fonte fotovoltaica entrou no pleito sem disputar a venda com fontes mais competitivas foi um dos mais concorridos dos últimos anos. Depois de oito horas de ofertas, foram contratados pelo governo 1.048 megawatts (MW) de energia solar por RS 215,12 por megawatt-hora (MWh), um deságio de 17,8% sobre o preço-teto de R$ 262,00. O mercado espera a venda de 500 MW. Há dúvidas, porém, quanto à viabilidade dos projetos ao preço ofertado no leilão. Os 31 empreendimentos de 11 vendedores que saíram vencedores no leilão de energia solar precisam iniciar a entrega da energia a partir de 2017.A energia de reserva é destinada a aumentar a segurança no fornecimento de eletricidade ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), classificou o resultado como um sucesso. "Esta sexta rodada de energia de reserva é um marco no setor elétrico brasileiro porque foi o mais competitivo da história desde o inicio dos processos de leilões de energia no Brasil. Além disso, marca a entrada da fonte solar na matriz elétrica brasileira de forma consistente", afirmou. O presidente da EPE disse ainda que o governo contratou a energia solar com um dos menores preços do mundo. "Fazer contratos abaixo de US$ 90 o megawatt coloca o Brasil realmente como uma das fronteiras da energia solar no mundo", afirmou. Para o sócio do setor regulatório da Siqueira Castro Advogados, Fernando Villela de Andrade Vianna, as fontes alternativas vêm recebendo, de forma paulatina, a atenção do governo federal e, consequentemente, despertado interesse dos investidores. "O projeto piloto foi a energia eólica, que teve seu divisor de águas em 2009. Tratava-se de energia cara à época e já se pode ver a competitividade dessa fonte hoje em dia", disse. Vendido a RS 142,34/MWh, com deságio de 1,4% sobre o preço teto de RS 144,00 a energia eólica conseguiu negociar 769,1 MW, também em 31 projetos.

Autor: Brasil Econômico

« VOLTAR