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Consultores apostam em judicialização com novo preço do PLD

05.12.2014

O novo valor máximo do Preço de Liquidação de Diferenças deverá levar muitos agentes do setor à justiça, na opinião de consultores ouvidos pela Agência CanalEnergia. João Mello, presidente da Thymos Energia, diz que é totalmente contra essa posição da Aneel. Para ele é inexplicável dividir o preço por dois, visto que irá sair de um teto de R$ 822,83/MWh em 2014 para R$ 388,48/MWh em 2015, apenas por uma razão conjuntural, devido aos problemas de caixa de alguns agentes do setor - como o das distribuidoras, que ficaram expostas involuntariamente, e dos geradores, que sofrem com o GSF. Ele classifica a decisão como mais um "remendo na regulação setorial, que vai desestimular investimentos". "Tem agentes com problemas de caixa e o Tesouro também está com problema porque já fez aportes sucessivos no setor elétrico. O setor deixou de ser autossustentável para ficar dependendo de dinheiro do Tesouro", apontou Mello. Para ele é certo haver judicialização, porque os agentes que fizeram preço e tomaram posição considerando um PLD muito maior no ano que vem se sentirão prejudicados. "Tem consumidores livres que decidiram comprar energia, fazendo a lição de casa e não ficando descontratados, e que estão pagando valores acima do que foi aprovado hoje. É uma clara evidência que agora está valendo tudo", avaliou. Liana Foster, consultora da Excelência Energética, também aposta na judicialização do tema. Para ela, o que mais pesa é o enquadramento do despacho fora da ordem de mérito por restrição elétrica. "O encargo deverá ficar mais concentrado em um submercado do que em outro, afetando muito mais um conjunto de consumidores do que outro, o que parece que dá mais argumentos contra a mudança", diz. Ela comenta que as decisões no setor estão sendo tomadas de forma muito rápida, o que está dificultando muito a relação com a Aneel e com o Ministério de Minas e Energia.

Autor: Canal Energia

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