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Tarifas devem aumentar cerca de 30% em 2015, calcula PSR

19.12.2014

As tarifas de energia em 2015 devem aumentar 29% e chegar a um preço médio de R$ 444/MWh - média de 30 distribuidoras -, de acordo com cálculos realizados pela PSR. A projeção foi realizada levando em consideração a média de 1.200 cenários de tarifas de cada distribuidora. Segundo o Energy Report da PSR, o aumento das tarifas no ano que vem se deve, principalmente, aos empréstimos realizados para cobrir a exposição involuntária das distribuidoras. Em 2013, o Tesouro Nacional havia emprestado R$ 10 bilhões e a primeira prestação será em 2015, sem contar o aporte de R$ 8,5 bilhões à Conta de Desenvolvimento Energético. Parte desses custos, ainda segundo a consultoria, foram aplicados em 2014, quando as tarifas aumentaram em média 21%. "O restante foi adiado para 2015 e o aumento previsto de tarifa é de 29%", aponta a PSR. Em janeiro começa a vigorar o sistema de bandeiras tarifárias e a Agência Nacional de Energia Elétrica já previu que elas renderão cerca de R$ 800 milhões por mês. Mas, segundo a consultoria, a introdução das bandeiras tarifárias não trará aumentos ainda maiores na conta de luz. "A razão, de maneira simplificada, é que a distribuidora usará as receitas da bandeira tarifária para abater custos que seriam transferidos para os consumidores através de aumento de tarifas", explica. No entanto, a receita proveniente da aplicação das bandeiras tarifárias, ainda segundo cálculos da PSR, não serão suficientes para cobrir o saldo da exposição involuntária de 2014, visto que os empréstimos realizados não foram suficientes para zerar a conta. As concessionárias estimam que seria necessário um aporte adicional de R$ 3 bilhões e o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, havia sugerido que os gastos poderiam ser cobertos com a receita da bandeira tarifária de 2015. "Os custos de exposição das distribuidoras no mercado de curto prazo no primeiro semestre devido à descontratação e à produção hidrelétrica inferior às cotas são aproximadamente iguais à receita prevista das bandeiras", avalia. Isso porque as distribuidoras pediram no leilão A-1 cerca de 5 mil MW médios. Deste total, as cotas da hidrelétrica de São Simão cobririam 1.188 MW médios. Portanto, seria necessário contratar 3.812 MW médios, mas o leilão contratou somente 622 MW médios, o que faz com que a exposição estimada das distribuidoras seja de 3.190 MW médios.

Autor: Canal Energia

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