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Custo da energia para indústria deve subir 44%

13.02.2015


O custo de energia elétrica para a indústria brasileira em 2015 deve subir no mínimo 43,6%, em média, sem contar os impactos da revisão tarifária extraordinária e reajustes de tarifas deste ano, segundo projeção da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), divulgada ontem. As perspectivas da Firjan consideram gastos relacionados ao fim dos subsídios na tarifa de energia, bandeiras tarifárias e pagamento dos empréstimos feitos com bancos para socorrer as distribuidoras. "A gente está sendo conservador nesses 43,6%", disse o assessor de Planejamento e Desenvolvimento Econômico da Firjan, Cristiano Prado, durante o Fórum de Comercialização de Energia Outlook 2015. Ele explicou que pode haver um aumento adicional de 15% a 20% no custo da energia para a indústria neste ano, em alguns casos específicos, considerando revisão tarifária extraordinária e reajustes das distribuidoras. Para 2016, "no melhor dos cenários", haverá um pequeno aumento no custo, segundo Prado. O especialista considera ainda que as bandeiras tarifárias ficarão vermelhas ao longo de 2015, ou seja, o preço da energia gerada estará no patamar mais alto. "O que acontece é que a indústria está ficando desesperada com essa situação. Está vendo o preço de seu principal insumo numa trajetória crescente, não consegue enxergar uma mudança de curva, de quando é que a gente vai voltar a ver energia que seja competitiva pelo menos num valor próximo ao que a gente encontra internacionalmente", disse o assessor de Planejamento e Desenvolvimento Econômico da Firjan . O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse ontem que o governo não terá problema para promover uma campanha de racionalização do consumo de energia elétrica, se isso for necessário em função falta de chuva. Ministro admite campanha de racionalização de energia Uma pesquisa do instituto Datafolha mostrou que 65% dos entrevistados em todo o país dizem apoiar a adoção imediata do racionamento de energia. "Se tivermos a necessidade, em função de ritmo hidrológico, não teremos nenhum problema em fazê-lo. Mas continuamos trabalhando firme para termos alternativa de energia vinda do Norte, do Sul e Sudeste para podermos abastecer a nossa ponta de carga (suprir necessidade no horário de maior consumo)", disse o ministro.

Autor: BRASIL ECONÔMICO

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