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Falha em equipamento fecha Usina Angra 1

20.02.2015


Uma falha em um condensador levou ao desligamento da usina nuclear Angra 1 do Sistema Interligado Nacional, na madrugada desta quinta-feira, 19. Segundo a Eletronuclear, a parada foi causada por um rompimento num tubo de um dos condensadores que resfriam o vapor usado para mover o gerador elétrico da usina. O desligamento da usina não compromete o abastecimento de energia no País, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A companhia explicou que o desligamento foi necessário para preservar a integridade de outros equipamentos, como os geradores de vapor. Técnicos realizam na noite desta quinta-feira o primeiro teste para avaliar a extensão dos danos. Segundo a Eletronuclear, só após a realização do teste será possível determinar o tempo necessário para reparar o problema. Por enquanto, a companhia afirma que não há previsão para o religamento da usina. O primeiro teste para avaliar a extensão dos danos no condensador da usina seria realizado por técnicos da Eletronuclear durante a noite de ontem. A partir do resultado será possível determinar o tempo necessário para reparar o problema e religar a unidade. O condensador não faz parte dos equipamentos da área nuclear e, portanto, não tem qualquer relação com a área contaminável, segundo a Eletronuclear. A companhia diz ainda que não há risco para os trabalhadores, população ou meio ambiente. Abastecimento. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) garantiu que a paralisação de Angra 1 também não compromete o abastecimento de energia elétrica no País. Com a falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, a geração de usinas térmicas, como Angra 1, ganha importância. Mas, de acordo com o órgão, é comum a Eletronuclear desligar Angra 1 sempre que percebe algum tipo de problema no seu funcionamento. Por ser uma usina nuclear, o seu sistema de segurança é mais rigoroso do que o de outras usinas. Relatório de operação divulgado pelo ONS menciona que, das 21I120 à meia-noite da última quarta-feira, a usina gerou menos energia do que o programado por conta de um "rompimento no tubo condensador de sua unidade geradora". A produção verificada foi de 532 mega-watts (MW) médios, ante os 565 MW médios previstos. Há um mês, quando um apagão deixou 10 Estados e o Distrito Federal sem energia, a usina de Angra 1 foi desligada automaticamente por um sistema de segurança acionado sempre que há uma queda de freqüência na rede de transmissão de eletricidade do País, o Sistema Interligado Nacional (SIN). Mas, de acordo com o ONS, não há relação entre aquele episódio e o de agora. Depois do apagão, no dia 7 de fevereiro, a usina foi novamente desligada, dessa vez para a realização de um reparo no equipamento "chave de abertura de carga do gerador elétrico principal". No dia seguinte, foi reintegrada ao sistema. Em operação desde 1985, Angra 1 é a primeira usina nuclear a ser instalada no Brasil e tem potência nominal de 640 MW, capaz de suprir a demanda de uma cidade com 1 milhão de habitantes, como São Luís (MA).

Autor: O Estado de S. Paulo.

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