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'Pior tarifa é não ter energia', diz Braga

02.10.2015

BRASÍLIA Depois das tarifas de eletricidade subirem até 40% em algumas regiões do País este ano, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, considerou natural a insatisfação do consumidor brasileiro com o custo da energia, mas alegou que o aumento foi necessário para garantir o abastecimento do País. Pesquisa do Ibope divulgada ontem sob encomenda da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia mostrou que 6 em cada10 brasileiros consideram abusivos os preços da energia. “É natural que haja uma insatisfação, considerando que passamos por um momento de reestruturação das tarifas do setor. Mas a pior tarifa é não ter energia elétrica. O Brasil passa por uma seca prolongada, e a energia mais cara é a que não existe”, argumentou. No começo do ano, o “tarifaço” da revisão extraordinária das contas de luz teve um impacto médio de 23,4% na cobrança aos consumidores. Além disso, o cronograma de reajustes anuais das distribuidoras foi mantido, com novos aumentos ao longo de 2015. De acordo com a pesquisa, 88% dos brasileiros consideram o preço da energia caro ou muito caro. Os que avaliam as contas de luz como muito caras são maioria,chegando a 57%, seguido pelos que as consideram caras (31%). Apenas 9% dos entrevistados acham os preços cobrados justos e 1%acredita que a eletricidade no País é barata. A pesquisa da Abraceel mostra ainda que72% da população gostaria de poderes colher o fornecedor de energia, num ambiente de portabilidade de contas de luz,uma das bandeiras da entidade. O Ibope entrevistou 2.002 pessoas em julho, e a pesquisa tem margem de erro de dois pontos porcentuais e grau de confiança de 95%.

Autor: O Estado de S. Paulo

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