Menu

Notícias

Térmicas e veículos puxaram queda do consumo de gás natural no ano passado

25.02.2016


O consumo de gás natural caiu 1,18% no Brasil no ano passado, na comparação com 2014, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Ao todo, as concessionárias venderam, em média, 77,197 milhões de metros cúbicos diários (m3 /dia) de gás em 2015. O desempenho do mercado foi puxado para baixo pelo menor despacho das termelétricas, que respondem pela maior parte (43%) do gás consumido no país. No ano passado, o setor elétrico demandou 32,881 milhões de m3 /dia, em média, o que significou uma queda de 1,58% frente ao ano anterior. Ainda segundo a Abegás, houve queda também nas vendas de gás veicular nos postos de GNV (-2,84%), para 4,82 milhões de m3 /dia, e no setor de cogeração (-2,69%), que consumiu 2,501 milhões de m3 /dia. Já entre os destaques positivos, a comercialização de gás natural para o setor industrial, a segunda maior fonte de consumo de gás do mercado, cresceu 1,23%, para 28,816 milhões de m3 diários no ano passado. Os números da Abegás, no entanto, mostram que, apesar do aumento no acumulado do ano, o consumo de gás nas indústrias entrou em retração no final do ano passado, refletindo o enfraquecimento da atividade econômica no país. A queda das vendas para o setor se acentuou a partir de novembro e, em dezembro, o consumo das indústrias caiu 12,18% na comparação com igual período de 2014, para 23,933 milhões de m3/dia - a menor média mensal desde janeiro de 2010. Segundo a Abegás, durante 2015 também houve aumento nas vendas de gás para o setor comercial (+2,91%), que consumiu 791 mil m3 /dia. A comercialização de gás natural para as residências, por sua vez, se manteve praticamente estável em 2015 (+ 0,41%), totalizando 968 mil m3/dia. A Abegás divulgou, ainda, os dados de consumo de dezembro. No último mês do ano passado, o mercado de distribuição caiu 10,47%, na comparação com igual período do ano anterior, para 70,191 milhões, o volume mais baixo para o mês de dezembro desde 2013.

Autor: Fonte: Valor Econômico

« VOLTAR