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Migração para mercado livre atinge recorde (Mercado Aberto)

24.03.2016


Nos próximos seis meses, 878 empresas devem aderir ao mercado livre de energia, em que grandes consumidores, como fábricas e shoppings, podem escolher o fornecedor de luz e acertar o preço em uma negociação. Hoje, há 1.929 clientes dessa modalidade. As empresas que já assinaram contratos e se preparam para mudar nos próximos meses representam um aumento de 45%. É uma migração recorde, diz Rui Altieri Silva presidente do conselho da CCEE (câmara de comercialização). "Começou no último trimestre de 2015 e acentuou-se bastante neste começo de ano." A diferença dos preços nos mercados livre e cativo explica a mudança. Os contratos entre fornecedores e clientes que podem negociar giram em torno de R$ 65 por MWh -a esse valor, somam-se cerca de 20% pela distribuição e impostos. Nas distribuidoras, o valor médio do preço era de R$ 390 em dezembro, que é o dado mais recente da Aneel. A diferença é a mais alta da história, diz Joisa Dutra, diretora do centro de regulação em infraestrutura da FGV. "As distribuidoras do mercado regulado se endividaram depois da tentativa do governo de baixar as tarifas. Em 2015, o então ministro Joaquim Levy parou de segurar a tarifa para conter a inflação. Não há por que diminuir." No mercado livre, a recessão derrubou a demanda de grandes consumidores e criou sobre oferta de energia. "O preço é volátil porque varia com as chuvas, e os reservatórios estão cheios", diz Reginaldo de Medeiros, da entidade de comercializadores de energia livre.

Autor: Folha de S. Paulo

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