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Aumento do nível de reservatórios faz CMSE descartar térmicas mais caras

14.03.2019

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico anunciou nesta quarta-feira, 13 de março, que manteve a decisão de não acionar usinas termelétricas fora da ordem de mérito, para garantir o atendimento ao Sistema Interligado Nacional. A explicação do comitê é de que o nível de armazenamento das usinas hidrelétricas continuará subindo, mesmo com a previsão de menos chuvas para os próximos dias. Em nota divulgada após a reunião mensal do colegiado no Ministério de Minas e Energia, o CMSE destacou que em fevereiro os níveis de armazenamento dos reservatórios equivalentes atingiram 29,5% no Sudeste/Centro-Oeste; 40,4% no Sul; 45,1% no Nordeste e 44,3% no Norte do país. Nos 12 primeiros dias de março, o nível de armazenamento aumentou para 34,7% (SE/CO), 43,2% (S), 48,1% (NE) e 61,0% (N), e a expectativa é de que que os volumes aumentem ainda mais até o fim do mês. No mês passado, lembrou a nota do CMSE, as chuvas votaram a cair em maior quantidade, especialmente na segunda quinzena, mas a Energia Natural Afluente bruta ficou abaixo da média histórica em todas as regiões. Março começou menos chuvoso, a previsão também é de menos chuva nas principais bacias hidrográficas. A nota do comitê afirma que o CMSE vai continuar acompanhando de perto o cenário “para, se necessário, adotar as medidas para aumento da disponibilidade de geração após análise dos custos associados”. Antes do inicio da reunião, o secretário de Energia Elétrica do MME, Marcelo Cyrino, disse em conversa com jornalistas que o “Nordeste neste ano está tendo uma ótima recuperação”, e garantiu que não há problemas de abastecimento em nenhuma das regiões do país. “Até tem um regime hidrológico mais acentuado, mas nada que nos indique situação de anormalidade. Tanto que a gente não tem [feito] o despacho das térmicas”, reforçou a secretária-executiva do ministério, Marisete Pereira Roraima O Comitê de monitoramento também discutiu as condições atuais de suprimento de energia para Roraima, desde o inicio do blecaute que deixou a Venezuela às escuras e interrompeu o fornecimento de energia do país vizinho para a capital Boa Vista. O atendimento tem sido feito nos últimos dias integralmente pelas usinas do parque térmico local e, segundo a nota do CMSE, há um monitoramento contínuo da situação para identificar eventuais medidas para garantir o atendimento da carga. Apontada como uma das soluções para o estado , a contratação em leilão de diferentes fontes de suprimento para atender o sistema isolado de Boa Vista e localidades conectadas teve procura recorde para sistemas isolados. Foram cadastrados na Empresa de Pesquisa Energética 156 projetos com diferentes soluções. O presidente da EPE, Thiago Barral, explicou que o leilão de Roraima tem um formato diferente de outros certames realizados até agora. Ele lembrou que agora existe uma sistemática que busca privilegiar outras fontes complementares ao óleo diesel, sem prejudicar a garantia de suprimento. “A gente tem um diversidade de soluções de suprimento que foram cadastradas e está nesse momento analisando a consistência dessas propostas para que o leilão de fato possa contar com soluções que tenham factibilidade do ponto de vista de proposta tecnica”, explicou hoje, ao sair do ministério.

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Autor: CANALE ENERGIA

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