Gastos com importação de células solares aumentam no Brasil
29.03.2019
Em 2018, a importação de células solares no Brasil justificou gastos de US$ 645,8 milhões (Free On Board), um crescimento de 29% em comparação com os US$ 502,4 milhões (FOB) despendidos em 2017, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A grande parte desse gastos, US$ 578,9 milhões (FOB) foi destinada para células solares já “montadas em módulos ou painéis”. Esse são os equipamentos que são importados já prontos para instalação. Os gastos com esses módulos aumentou 66% em comparação com 2017, quando somaram US$ 349,6 milhões (FOB). Já o valor destinado a importação de células não montadas, que são usadas pelas fábricas locais e por montadores de kits, caiu em mais da metade, na mesma comparação anual. Em 2018 foram US$ 66,8 milhões (FOB) para a importação desses equipamentos que são considerados insumo para a indústria local, contra 56% menos que os US$ 152,7 milhões gastos em 2017. A participação de cada tipo de equipamentos nos gastos totais ficou ainda mais desproporcional. Enquanto 89,6% foi para células já montadas e 10,3% foram para as células não montadas em 2018, no ano anterior as participações eram de 69,5% e 30,4%, respectivamente. Cabe observar que a célula já pronta para instalação, por já ter passado pelo processo de montagem, tem naturalmente um maior valor agregado do que a célula não montada. Cenário Ao todo, já foram contratados 3,7 GW de capacidade fotovoltaica para o mercado regulado. Desse volume, 2 GW estão em operação. Em 2018, foram instalados 793 MW de projetos centralizados. Em 2019, com a lacuna de contratação de novos projetos em 2016, a projeção da fiscalização da Aneel que sejam instalados 477 MW. A geração distribuída deve, por outro lado, manter seu ritmo exponencial de crescimento. A consultoria Greener estima que serão adicionados 728 MW neste ano, por clientes comerciais (301 MW) e residenciais (426 MW). Ao todo, portanto, a fontes solar deve adicionar em 2019 uma capacidade de pouco mais de 1 GW, sendo que a geração distribuída será responsável pela maior parte das novas instalações.
Autor: BRASIL ENERGIA