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GD Solar ultrapassa 1 GW de potência no país

06.08.2019

O Brasil alcançou 1.153.428,01 kW de potência instalada em geração distribuída por meio de todas as modalidades de geração. A maior delas é fonte solar fotovoltaica que bateu 1 GW de potência na última sexta-feira, 2 de agosto. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, colhidos nesta segunda-feira, são 94.797 usinas cadastradas que injetam energia para 130.039 unidades de consumo, dessas 118.405 estão conectadas à fonte solar. Segundo os números da Aneel, 87,4% da potência é originada da fonte solar para 91% das unidades consumidores que recebem os créditos desses sistemas de micro e minigeração distribuída. Contudo, 99,7% das usinas existentes no país se utilizam da solar fotovoltaica. Um mapeamento da ABSOLAR indica que os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 73,8% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (17,3%), consumidores rurais (5,5%), indústrias (2,8%), poder público (0,6%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,01%). Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar fotovoltaica, com 41,6% da potência instalada no País, seguidos de perto por consumidores residenciais (36,0%), indústrias (10,4%), consumidores rurais (9,8%), poder público (2,1%) e outros tipos, como serviços públicos (0,2%) e iluminação pública (0,03%). A entidade aponta ainda que os investimentos nesses sistemas somou mais de R$ 5,6 bilhões acumulados desde 2012. Os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo são os que possuem o maior número de sistemas e de potência no ranking da entidade. Já o Mato Grosso subiu para a quarta posição, ultrapassando Santa Catarina, que ficou em quinto. De acordo com o CEO da Blue Sol Energia Solar, Nelson Colaferro, o volume representa um marco para o setor que fez um grande trabalho nos últimos cinco anos. Em sua avaliação, esse é o resultado da convergência entre o uso da tecnologia com uma regulação bem estruturada e fundamentos corretos para o processo de incentivo à fonte. “Importante salientar que esses investimentos foram realizados pelo mercado consumidor, por meio da ações espontâneas desses investidores que instalaram os sistemas particulares”, destacou o executivo, que já ocupou o posto de presidente do conselho da ABSOLAR. Colaferro afirmou que as perspectivas são positivas para os próximos anos uma vez que cada vez mais os benefícios dessa forma de geração ficam mais populares com os preços em declínio e a disponibilidade de um maior número de canais de acesso para a aquisição desses sistemas no país. “Agora com a queda da taxa Selic temos mais um facilitador que ajudará na atratividade da GD para que possamos aumentar os volumes. É uma questão financeira já que tecnicamente temos condições favoráveis em todo o país”, destacou. Ele criticou a posição da Abradee de trabalhar para mudar a regulação do segmento que está em audiência pública na Aneel e a própria posição da agência reguladora. Defendeu que ainda não é hora de mudar pois se somarmos todos os consumidores com GD e comparar com a dimensão do setor elétrico nacional, ainda temos apenas 0,15% de participação. Em sua avaliação, esse índice representa quase nada para o mercado nacional. E citou os benefícios que a GD traz que é a de postergar investimentos em redes de distribuição e transmissão bem como reduzir a tensão de dispositivos de distribuição, o que prolonga a vida útil desses equipamentos. E diz ainda que as distribuidoras são remuneradas pelo investimento que fazem uma vez que se cobra o custo da energia de forma integral pelo excedente que os sistemas de GD injetam na rede local. “Não precisa ajudar, só não atrapalhar que temos grandes perspectivas para a GD solar no país”, afirmou Colaferro. Na semana passada a BloombergNEF apresentou dados de New Energy Outlook 2019 em que aponta que o Brasil será um dos maiores mercados para a geração distribuída solar. O país, segundo a consultoria, ficará atrás apenas de Austrália e Japão quanto à penetração dessa modalidade em seu sistema elétrico no ano de 2050.

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Autor: CANAL ENERGIA

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