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Venda de gás ao Brasil puxa alta de 6,78% do PIB da Bolívia em 2013

25.04.2014

A economia da Bolívia teve em 2013 a sua maior expansão em 25 anos. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 6,78% no ano passado, informou ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE) do país. A alta foi puxada pelo gás, com forte contribuição brasileira. O Brasil é o maior comprador do gás boliviano, principal produto de exportação do país e que vem puxando nos últimos anos o crescimento da economia e da arrecadação no governo Evo Mora-Ies. Essa tendência que deve se acentuar neste ano, com o aumento do envio de gás por conta da crise energética brasileira. O setor de hidrocarbonetos foi justamente o que mais cresceu na Bolívia em 2013, com alta de 13,97%. Nesse período, o país exportou US$ 6,11 bilhões em gás natural, dos quais 70% para o Brasil, por meio do gasoduto Brasil-Bolívia. O restante foi para a Argentina. Esse valor corresponde à metade das exportações totais do país, de US$ 12,043 bilhões, e deve subir neste ano. Os valores são significativos diante do tamanho da economia boliviana, que tem um PIB de apenas US$ 27 bilhões. No ano passado, o Brasil utilizou quase que totalmente a quota máxima de 30,08 milhões de metros cúbicos diários de gás, acordada com o país vizinho. Neste ano, diante do baixo volume nos reservatórios das hidrelétricas brasileiras, os dois países assinaram um contrato para o fornecimento extra de 2,2 milhões de m3/dia para abastecer uma usina termelétrica em Cuiabá. O acordo vigorará até agosto e pode ser interrompido a qualquer momento por qualquer uma das partes. Mas, segundo fontes do governo brasileiro, isso dificilmente ocorrerá, diante da situação do sistema elétrico brasileiro.

Autor: VALOR ECONÔMICO

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