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ONS pode sugerir medidas para garantir suprimento de energialivre

09.05.2014

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, declarou nesta quinta-feira (08/05) que, caso se conclua que não há como suprir a demanda por energia elétrica no País, serão propostas medidas adicionais, “sejam elas quais forem”. A declaração foi dada durante evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para debater a sustentabilidade do setor e os impactos da medida provisória que possibilitou a redução das tarifas de energia elétrica. Na mesma data, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que o governo está monitorando diariamente a situação dos reservatórios e a demanda do País.“Tivemos o azar de ter uma seca grande. Para não incorrermos em racionamento, acionou-se as termelétricas. Claro que são mais caras, e o custo tem de ser pago. Portanto, isso implica em aumento de tarifa. Mas isso é conjuntural. Uma vez melhorada a hidrologia, os custos baixam de novo”, explicou Zimmermann. Segundo o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, se o governo não tivesse reduzido os preços da energia, no ano passado, os custos teriam se tornado insuportáveis para os consumidores. O representante da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente (Fenatema), Eduardo Annunciato, criticou a Lei 12.783, que permitiu o barateamento das tarifas, e a atual política para o setor. Para a Fenatema, a interferência do governo resultou em demissões de trabalhadores devido às restrições orçamentárias impostas às empresas elétricas e à migração de trabalhadores para outros setores. "Tudo o que foi feito podia ter sido de forma calculada, cuidadosamente, acompanhando resultados passo a passo. Estamos diante de uma moratória. Em um primeiro momento, os custos são reduzidos, mas a consequência no futuro é o aumento. Já temos problema de oferta e demanda", afirmou Annunciato. Também participaram da audiência pública promovida pelo TCU representantes da Eletrobras; da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Autor: JORNAL DA ENERGIA

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