Menu

Notícias

Matriz diversificada garante segurança

30.05.2014


Com uma matriz elétrica diversificada, com hidrelétricas, usinas eólicas, biomassa de cana-de-açúcar e as perspectivas positivas da exploração de óleo e gás, Sergipe é exportador de energia elétrica. A estratégia do governo é diversificar ainda mais as fontes de ge¬ ração, ampliando a segurança energética do Estado, cuja potência hidrelétrica instalada - de 1.588 MW - é a terceira maior da região Nordeste e a décima terceira do país. O principal investimento hidrelétrico é a usina de Xingó, construída pela Chesf na fronteira entre Sergipe e Alagoas, que responde pelo abastecimento de mais de 15% do Nordeste. A diversificação passa pela atração de investimentos em usinas termelétricas, solares e eólicas. "Estamos trabalhando para licitar o mapa eólico e solar do Estado em breve", diz o subsecretário de Energia do governo de Sergipe, José de Oliveira Júnior. O primeiro investimento em eólicas no Estado foi o parque localizado em Barra dos Coqueiros. Constituído por 23 unidades aerogeradoras totalizando 34,5 MW de capacidade instalada e 10,5 MW médios de garantia física de energia, o empreendimento recebeu cerca de R$ 125 milhões de recursos. "O projeto da usina eólica utilizou um critério de avaliação do potencial de ventos da área, o que garante uma produção de Hidrelétrica, usinas eólicas, biomassa de cana-de-açúcar e boas perspectivas emenergia que torna o parque economicamente viável. Em segundo lugar, as facilidades logísticas, uma delas a proximidade com o porto de Barra dos Coqueiros, que poderia receber os navios que transportam as turbinas eólicas", afirma o presidente da Desenvix, joão Robert Coasutra. Outra vantagem considerada foi a proximidade com a subestação de conexão ao sistema de distribuição local. A Desenvix detém 95% de participação do projeto, executado por financiamento de longo prazo de 80% do investimento, negociado com o China Development Bank. A energia gerada pelo parque eólico, inaugurado pela presidente Dilma Rousseff em janeiro de 2013, é suficiente para abastecer uma cidade com 120 mil habitantes. O maior potencial está ao redor da costa e próximo do rio São Francisco. A energia solar é outra com cenário promissor no Estado. Em novembro, no leilão de contratação de energia daqui a três anos, o governo federal incluiu projetos solares pela primeira vez. Mas não foi feita uma licitação exclusiva para eles, que concorreram com usinas eólicas. Fo¬ ram habilitados 31 projetos fotovoltaicos que somavam 813 MW de potência, mas nenhum saiu do papel. O certame federal terminou com um preço médio de R$ 124,43 por MWh, o que inviabilizou os empreendimentos solares. "Estima-se que a solar esteja saindo acima de R$ 200 o MWh, o preço do leilão federal só viabilizou as eólicas, cuja competitividade está bem mais elevada", diz o presidente do Instituto Ideal, Mauro Passos.

Autor: VALOR ECONÔMICO

« VOLTAR